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O Método Moriyama

  • Foto do escritor: SubVerso
    SubVerso
  • 19 de ago.
  • 1 min de leitura

Atualizado: 20 de ago.


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Há uma certa violência na forma como Daido Moriyama capta o mundo. Um encontro brusco entre o olhar e a realidade, uma realidade fragmentada, pulsante e imprevisível. Sua fotografia não é apenas o registro de um instante; é o próprio instante, retalhado, exposto em sua crueza mais visceral. Moriyama construiu uma obra que desafia as convenções estéticas tradicionais e redefine os limites entre arte, memória e existência.

Nascido em 1938 em Ikeda, Osaka, tornou-se parte essencial da vanguarda fotográfica japonesa do pós-guerra. Seu trabalho emergiu em um contexto social profundamente transformado: um Japão que buscava se redefinir diante da modernidade acelerada, da urbanização desenfreada e da perda de referências culturais tradicionais.

Foi nesse ambiente caótico que suas imagens encontraram terreno fértil. A cidade passou a ser seu principal campo de batalha, não como cenário estático, mas como organismo vivo, feito de rostos, anúncios luminosos, corpos transitórios e sombras fugazes.

As fotografias de Moriyama são intensas, brutais, ambíguas e muitas vezes incompreensíveis fora de seu contexto. Ele caminha pelas ruas como um observador possuído com uma câmera pendurada no pescoço, fotografando sem planejamento, quase que inconscientemente, como reflexos condicionados à presença do mundo.

Com uma abordagem conhecida como are-bure-boke (grãos, tremidos, desfocados), ele rompe com a clareza técnica dominante na fotografia ocidental do século XX.  Para ele, a nitidez não é sinônimo de verdade. A verdade está no movimento, na imperfeição, na sensação tátil da imagem.





Site oficial: www.moriyamadaido.com







 
 
 

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